segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Amor de poesia feito

É assim o nosso amor
Apenas de poesia feito
Em cada palavra
Te namoro
Em cada verso
Te desejo
Em cada poema
Te digo o quanto te amo

Lá longe,
Na escuridão da noite
Alguém canta
Alguém grita
Alguém chora
Alguém ama
Alguém dorme
Alguém sonha
Alguém sofre
Eu fico-me
Sentada no meu quarto
Namoro-te com palavras
Desenho a tinta azul em folha branca
As minhas emoções
Abro a janela
E peço ao vento
Que te as leve
Assim direitinhas tal como as escrevi
E o vento leva-as
Bem guardadas pelos seus longos-braços-de-vento
Mas logo volta
Brinca com os meus cabelos
Acaricia-me o rosto
Cicia-me palavras estonteantes ao ouvido
Eu sei é o teu amor que ele me traz
O teu poema.
Estremeço num prazer orgásmico
Deito-me feliz sonhando-nos.

Mais um dia virá
Trazendo de novo o teu amor na forma de poesia
Levando de novo o meu amor na forma de um poema.

Estranha paixão
Fazendo poesia fazemos amor
E fazemos amor com a nossa poesia.

Maria Madalena, Julho de 2008

3 comentários:

paula silva disse...

Quando a poesia é amor e o amor é poesia, encontra-se a plenitude... o paraíso, um tesouro, a luz, a paz...
Gostei muito.
Parabéns pelo Blog e pelas coisas que escreves, cada vez mais belas.
Beijocaaaaaaaaaaaaaa

Anónimo disse...

Na distância onde eu me sento
Olhos procuram o passado
cai a chuva e sopra o vento
e os poemas são chorados.

alfa delta.

Anónimo disse...

amor também por vezes é sofrimento
Fatinha