quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pétala que voa

No alto desta colina,
penso em nós,
Há uma angústia no peito,
uma raiva no coração.
Ainda vejo

os teus gestos,
o teu olhar,
os teus lábios apertados contra os meus
o toque suave do teu corpo,
as tuas palavras,
as Palavras...

Foi tanta paixão...
Tanto amor...
Falávamos,
faziamos planos,
parecia tudo tão real,
tão verdadeiro.
Como eu acreditei e me entreguei a ti!

Recordo cada momento.
Dói, dói demais,
Dói a mentira,
Dói o engano,
Dói muito mais
que te perder.

As luzes da cidade
já brilham lá em baixo,
eu aqui,
sem saber o que fazer,
ou para onde ir.
O abismo convida-me
parece que grita o meu nome,
dizendo, vem, vem...

Ah que revolta sinto em mim,
por ter sido tão crédulo!

Aconchego-me na fresca aragem,
embrulho-me na minha dor,
sinto o gosto salgado
que me escorre dos olhos baços.

Olho de novo o abismo.
Um arrepio percorre-me o corpo
Estremeço,
desespero.
O nosso amor,
o teu amor
se é que existiu
foi tão efémero,
como a vida de uma borboleta
como uma pétala que voa...

Será que alguma vez houve nós?

Madalena, 16 de Março de 2008

3 comentários:

Anónimo disse...

já li este poema em qualquer lado lol,pois é já o tinhas escrito no teu perfil.Este não é sobre ti mesmo titi querida,mas tá muito bonito.

Anónimo disse...

muito intenso e bonito
Fatinha

Anónimo disse...

Mais um que está lindo
Fatinha