Subi à mais alta montanha
Gritei bem alto para que viesses,
Retornou a mim
O eco da minha própria tristeza.
Subi um pouco mais
Para ouvir os seus segredos,
Nem o restolhar das árvores,
Nem o chilreio dos pássaros,
Nem o uivo do vento,
Nem o som da água da nascente,
Murmúrios ouvi,
Apenas os da minha alma.
Pedi-lhe que me contasse
O segredo da sua paz
Nada me disse,
Não sabia,
Ninguém sabe,
Eu não sei.
Cúmplices,
Deitei-me no seu chão de terra
Fiquei esperando que ela até mim chegasse!
Maria Madalena, 30 de Setembro de 2008
Gritei bem alto para que viesses,
Retornou a mim
O eco da minha própria tristeza.
Subi um pouco mais
Para ouvir os seus segredos,
Nem o restolhar das árvores,
Nem o chilreio dos pássaros,
Nem o uivo do vento,
Nem o som da água da nascente,
Murmúrios ouvi,
Apenas os da minha alma.
Pedi-lhe que me contasse
O segredo da sua paz
Nada me disse,
Não sabia,
Ninguém sabe,
Eu não sei.
Cúmplices,
Deitei-me no seu chão de terra
Fiquei esperando que ela até mim chegasse!
Maria Madalena, 30 de Setembro de 2008
7 comentários:
adorei está lindo
A paz da Serra de Sintra, de qualquer bosque onde, por vezes, nem os pássaros se ouvem, apenas o vento murmurando nas ramagens, apenas o silêncio, ensurdecedor, da nossa alma.
Ou então no alto de qualquer serra, à beira do abismo olhando para o mar e pensando no que fazer quando quem amamos vai embora, haverá silêncio mais ensurdecedor que esse?
E quando encontramos de novo o amor, porque insistimos em não viver em paz e fazemos sofrer quem tanto amamos?
um Mons Lunae sussurante dá respostas na espera, mas precisa a terra de ser afagada, com ternura
apeteceu-me de repente lá ir!
obrigada
isabel
Também eu Isabel, também eu, aquela serra é mágica, sentada no meio de toda aquela Era, rodeada de todo aquele verde, sentido só a brisa a passar, porque poucos são os pássaros que cantam lé no alto, sentimos uma paz infinita e uma vontade de lá permanecer para sempre, Montes da Lua o meu paraíso.
está muito bonito
Fatinha
Me desculpem, devia ter colocado "Era" entre aspas, pois pretendia fundir duas palavras numa só, a Hera que abunda nos montes da Lua, com a Era, tempo, a que aquela serra nos trasporta, pois ali perdidos, perdemos também efectivamente a noção em que Era nos encontramos...
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