quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Corsário




Num pequeno lago no Campo Grande,
O corsário fez-se almirante,
À proa, de marujo feito navegador,
Comanda ordens à marinhagem,
O longo cabelo encaracolado,
O corpo acompanhando o balouçar da embarcação,
Incita à abordagem,
Que das galés os remos voem sobre as águas,
Mergulhem rápido,
Façam voar o veleiro
Que ele nada mais faz do que chapinhar
Os remos, as mãos feitas remos
Fazendo voar a água
Feita projéctil pacífico
Baptizando os velhos e novos marujos,
Gargalhadas ecoando em manhã de sábado,
Marujo de fim-de-semana,
No jardim do Campo Grande.
Por fim, finda a viagem
Num salto de homem grande
O marujo à terra firme voltou.

João Fernando, 8 de Outubro de 2008

4 comentários:

Susana Garcia Ferreira disse...

que bem que está o pimo piratinha.Não conhecia que havia um lago assim no campo grande,mas já passei tb por esse jardim.
Está muito bonito tb o que escreveste.
beijinhos grandes

Anónimo disse...

Pois é teoria do Vitor, meu irmão, é que quanto mais feios os pais, mais bonitos são os filhos, parece que neste caso assim é, e não é por ser meu filho mas foi muito bem feitinho, se tivesse sido de propósito não tinha ficado melhor.

Anónimo disse...

poema muito lindo e um filho, ainda mais bonito
Fatinha

XR disse...

[clap clap clap]

Texto belíssimo, evoca uma imagem real de um menino feito marinheiro no seu mundo de fantasia - o tal que as crianças conseguem tornar mais real do que o nosso pela simples capacidade de imaginar ...

Não feches a caixinha, partilhem connosco mais momentos mágicos como este ...