terça-feira, 28 de outubro de 2008

Garça


Veio da ilha,
Rochedo de basalto negro
Um Açor,
Milhafre, abriu asas
Levantou voo,
Mergulhou nas águas escuras do Atlântico
Virou raia,
Planou pelas ruínas da Atlântida
Milhas e milhas sob o mar
Subiu à superfície, fez-se golfinho, brincalhão
Acompanhou barcos, grandes e pequenos
Terra à vista, a Oriente
Fez-se garça
Levantou voo
Sobrevoou o ninho do seu amor
Pousou-lhe no colo
Um Açor, abriu as asas,
Tornaram-se braços
Que te apertam contra o meu peito…

17 de Julho 2003

1 comentário:

Susana Garcia Ferreira disse...

muito real esse poema,tem muito a ver com as tuas ilhas de bruma,e está muito bonito a forma como retratas a atlântida.
beijinhos grandes