quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Tristeza

Por vezes
A tristeza invade-me a alma
E eu não sei
De onde vem esta inquietação.

Por vezes
Quando ela me invade a alma
Eu nem precisava de muito,
Só de uma palavra,
De um gesto,
De um aceno,
De uma pequena atenção.

Por vezes
Quando ela me sufoca,
Eu não sei
Se choro,
Se grito,
Se me deixo ao abandono,
Ou se simplesmente morro.

Por vezes
Quando ela me viola
Eu sinto-me
Pequenina,
Inútil,
Perdida,
Impotente,
Esquecida.
Sinto-me tão sózinha!

E ela continua,

Sabes? A invadir-me a alma.

E é uma tristeza tão infinita
Que nela caberiam dois universos,
Ou três, ou quatro,
Ou talvez mais.

Quando ela me invade a alma
Eu só tenho um desejo,
Um desejo só,
Um desejo pequenino,
Um desejo
Muito intímo,
Muito secreto
Nem nem a Deus,
Nem aos anjos me atrevo a contar.

Porque pesa e dói tanto esta tristeza?

Eu não sei,
Ou se sei, não digo,
Porque não posso dizer,
Porque não posso contar,
Porque....
Não sei porque ela é.

Maria Madalena, Janeiro de 2008

2 comentários:

Susana Garcia Ferreira disse...

está muito bonito o teu poema titi querida,mas tem tanta tristeza,nao quero que estejas com essa tristeza toda se é que estás.´

Anónimo disse...

muito bonito e muito sentido
Fatinha