sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Uma caixa de sapatos de tampa fechada.

Há pessoas que nunca estão satisfeitas com o que têm, por exemplo, se têm uma mulher fútil e sem interesses a não ser o de saber da vida dos outros e arranjar confusão, em suma uma mulher burra, aspiram a ter uma mulher inteligente, depois quando conseguem obter exactamente o que queriam, amordaçam essa mulher e tentam transformá-la numa mulher burra e que goste apenas de falar com os outros sobre futilidades.
Há pessoas que anseiam tanto guardar o seu tesouro que acabam por se esquecer onde o guardaram, ou então pura e simplesmente perdem-no porque há tesouros que simplesmente não se podem prender, apenas preservar.
Há pessoas que insistem a todo o momento deitar fora o que de bom conseguiram na vida por causa de futilidades e pormenores sem importância.
Há pessoas que, por mais que errem, nunca conseguem aprender com os seus erros.
Há pessoas que primeiro agem e depois pensam, ou simplesmente não pensam, esquecendo-se que devem sempre equilibrar a razão, com o coração.
E ainda há pessoas que sistematicamente lutam toda a vida por causas perdidas e que por muito que andem, nunca chegam a lado nenhum, tornando a sua vida numa gigantesca pescadinha de rabo na boca.
Eu talvez seja uma dessas pessoas, talvez seja uma pessoa que tenha alguma das desvirtudes que acima descrevi, serei certamente.

Pois é, mais uma vez vou sair, eu sempre fui assim, quando não me sinto bem nalgum lado, simplesmente vou embora.
E eu vou embora mais uma vez, a minha caixinha de sapatos vai fechar.
Um beijo e obrigada a todos por me terem lido e comentado.
Até breve ou até sempre.

"Pensamentos Soltos" Maria Madalena

8 comentários:

Susana Garcia Ferreira disse...

Não sei se terás tudo isso que falas titi Madá,também não te desvirtues assim tanto,tu tens muitas qualidades também,não ponhas assim a auto-estima tão em baixo,tu sabes o teu valor ok.
E então ,vais-te embora de onde?espera ai ,não vás embora assim.Se for só a tua depressão que vai tudo bem,mas tu ires não ok.vá sai lá ,de dentro dessa tua caixa de sapatos.
E que seja até logo ou até amanhã,porque eu quero mesmo aqui no teu blog continuar-te a ler e a comentar o que escreves titi Madá.
beijinhos cheios de carinho e amizade da tua sobrinha.

Anónimo disse...

Olá Caracolinhos, vou deixar o meu blogue sim, não vou fechá-lo, nem apagá-lo, vou simplesmente deixar de postar e de vir aqui, se o titio João quiser continuar a postar, podes sempre comentar os artigos dele, mas eu não quero mais, a sério. Ficam estes contributos meus e nada mais. São questões meramente pessoais e que nada têm a ver com a depressão, porque essa, felizmente, continua lá longe.
Eu continuarei a ir ao teu ver e comentar os teus textos.
Beijocas grandes e um bom fim de semana.

Anónimo disse...

Minha querida mas afinal porque vais, fechar não estou a perceber nada tu escreves, bem é uma pena que faças, isso agora porque o teu blogue ,está lindo.
O que se anda a passar?
Fatinha

Susana Garcia Ferreira disse...

oh titi Madá,mas então o blog foi algo que tu gostaste de fazer,e querias postar aqui os teus poemas,e coisas que gostasses,até disseste que gostavas muito mais disto,e penso que aqui só algumas pessoas vem comentar,e até tu podes escolher quem pode deixar aqui os comentários.Sei que tens falta de tempo,mas é estranho essa tua desistência.Bem ,mas se é a tua escolha ,que seja então.
Eu vou metendo qualquer coisa no meu quando dá,assim podes depois ir lá ler e deixar lá o teu comentário.
bom fim de semana Titi Madá.beijinhos para voçês todos.

Anónimo disse...

Madá
tenho pena... muita!
podes contar comigo no que puder fazer, como por exemplo ser amiga...
beijinhos
isabel

Anónimo disse...

Uma linda história de amor, bjs linda...simplesmente maria




Caixinha de Beijos

Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.



O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel dourado e a colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: "Isto é para ti, Papá!"

Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reacção, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia.

Gritou e disse: "Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa dentro da caixa?"

A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: "Oh Papá, não está vazia. Eu soprei beijos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá".

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou-lhe que lhe perdoasse.

Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama por anos e, sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, pegava na caixa e tirava um beijo imaginário, recordando o amor que a sua filha ali tinha colocado.

De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos dos nossos pais, filhos, irmãos e amigos...

Ninguém tem uma propriedade ou posse mais bonita que esta.

Susana Garcia Ferreira disse...

Continuas a ser a minha titi querida,mas é uma pena deixar de poder ler os teus poemas bonitos.

beijinhos com carinho e amizade titi Madá

Anónimo disse...

Soneto

Se, para possuir o que me é dado,
Tudo perdi e eu própio andei perdido,
Se, para ver o que hoje é realizado,
Cheguei a ser negado e combatido.

Se, para estar agora apaixonado,
Foi necessário andar desiludido,
Alegra-me sentir que fui odiado
Na certeza imortal de ter vencido!

Porque, depois de tantas cicatrizes,
Só se encontra sabor apetecido
Àquilo que nos fez ser infelizes!

E assim cheguei à luz de um pensamento
De que afinal um roseiral florido
Vive de um triste e oculto movimento


António Botto

beijinhos no teu coração minha querida irmã
Fatinha