sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sonho ou realidade, qual escolher?

É triste ir pela vida

É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro

Ruy Belo


"Na generalidade

Na generalidade, é claro, [as pessoas] representam o papel que a sociedade espera delas: casam, trabalham, têm filhos, fundam um lar, votam, tentam mostrar-se perfeitas e respeitar as leis. Mas cada uma delas - homems, mulheres, crianças - possui uma vida secreta da qual raramente falam e que quase nunca chegam a revelar. E esta vida secreta, para cada um de nós, encontra-se povoada de fantasias ardentes, necessidades incríveis e desejos sufocantes Que não são vergonhosos em si, mas que nos ensinaram a considerar como tal..."

Sanders

Acrescento eu, todos temos os nossos jardins proibidos nos quais apenas nós entramos, e nesses jardins sentimos um prazer sublime, é tão bom sentir assim...
Não me envergonho dos meus desejos sufocantes, nem das fantasias ardentes, gosto delas e desde pequena que as alimento, dão-me prazer. Porque haveria de sentir vergonha? Quando os não posso viver na realidade vivo-os na escrita, na minha e na dos outros. Não vai ser esta sociedade hipócrita que me vai dizer, ou ensinar de que hei-de ter vergonha, isso sou eu quem decide. Vergonha? Vergonha tenho eu de fazer parte desta humanidade podre.
"Pensamentos soltos" Maria Madalena, 26 de Dezembro de 208




Porque é que este sonho absurdo

Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.

José Gomes Ferreira

Sem comentários: