Domingo à tarde
Há homens que acariciam o clitóris das esposas
Com dedos molhados de saliva
O mesmo dedo com que todos os dias
Contam dinheiro papéis documentos
Folheiam revistas, livros e jornais
E acariciam o clitóris das suas amantes…
Domingo à tarde
Há homens que penetram as suas esposas
Com tédio e pénis
Mecânico
O mesmo com que todos os dias
Enfiam o carro na garagem
Metem a mão ao bolso
Penetram as suas amantes…
Domingo à tarde
Há homens que dizem às suas esposas
Que as querem que as amam que as desejam
Das mesma forma com que todos os dias
Pedem o café o jornal um maço de cigarros
E dizem às suas amantes que as querem que as amam que as desejam…
Domingo à tarde
Há homens que depois do sexo dormem
Enquanto as mulheres na penumbra
Encaram o seu destino
Mas morrem de tristeza
Lembrando os seus sonhos
As amantes dos seus homens
O amor que sempre desejaram
E sonham com um príncipe encantado…
Domingo à tarde
Há dias assim
Domingo à tarde
Há vidas assim!
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3 comentários:
é muito intenso mesmo este poema.beijinhos titi
poema muito bonito á dias assim e momentos assim é verdade
Fatinha
Lindo e triste, infelizmente há vidas assim...
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